Segundo Reinado (economia) – Mapa e Transcrição

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A economia brasileira durante o período do Segundo Reinado (1840-1889) manteve as características já estabelecidas desde o período colonial: agricultura como principal atividade (café, cana-de-açúcar e cacau), a produção destinada ao mercado externo e o trabalho dependendo dos braços dos escravos africanos.
O café monopolizava as atenções governamentais, já que era o principal produto de exportação e principal fonte de divisas para o país. A lavoura cafeeira se espalhou inicialmente pelo Vale do Rio Paraíba e por Minas Gerais, depois atingiu as terras do Oeste Paulista.
Durante o período de 1844-1860 o país viveu um surto industrial que ficou conhecido como “Era Mauá”. A indústria brasileira viveu um relativo crescimento em função de alguns fatores facilitadores, vejamos:
– Tarifa Alves Branco: taxação de importações de produtos estrangeiros o que acabou elevando seu preço aqui no Brasil (mercado interno), tornando os produtos das industrias brasileiras mais interessantes para os consumidores;
– Lei Euzébio de Queiroz: lei que proibiu a continuidade do trafico de escravos da África para o Brasil e que fez com que enormes somas de capitais se deslocassem para os novos investimentos industriais.
As pressões inglesas contra o desenvolvimento industrial brasileiro fizeram com que a tarifa Alves Branco fosse suspensa e que outras medidas de apoio a nascente indústria brasileira não fossem tomadas, impedindo a continuidade do período de crescimento industrial. Apesar disso foram percebidas importantes mudanças como o crescimento da malha ferroviária, de portos e da bolsa de valores.
Um outro aspecto que merece destaque no panorama econômico do Segundo Reinado foi a transição do trabalho escravo para o assalariado. A pressão inglesa provocou o fim do tráfico de escravos e a necessidade de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em expansão estimulou a vinda de trabalhadores imigrantes (principalmente europeus) para o Brasil, contando inclusive com apoio governamental.